FATOS POLICIAIS

sábado, 26 de agosto de 2023

Vereadores de Natal anulam ato que cassou prefeito no regime militar

 

DJALMA MARANHÃO E VICE-PREFEITO FORAM CASSADOS EM 3 DE ABRIL DE 1964.
PREFEITO TEVE MANDATO VOLTADO À EDUCAÇÃO E MORREU NO EXÍLIO NO URUGUAI.

Djalma Maranhão foi eleito prefeito de Natal em 1960 (Foto: Roberto Monte/www.dhnet.org.br)Djalma Maranhão foi eleito prefeito de Natal em 1960 (Foto: Roberto Monte/www.dhnet.org.br)

A Câmara Municipal de Natal aprovou nesta quinta-feira (20) uma lei que anula o impeachment dos ex-prefeito e vice-prefeito Djalma Maranhão e Luís Gonzaga dos Santos, que tiveram os cargos cassados durante o período da ditadura militar no Brasil. O projeto, de autoria do vereador George Câmara (PC do B), foi aprovado após votação unânime dos 29 vereadores.

A votação que cassou os mandatos de Djalma Maranhão e Luís Gonzaga completa 50 anos em 2014. "Os 21 vereadores fizeram um documento na época em que diziam não ocorrido pressão para votar pelo impeachment, quando todos sabiam que havia influência dos militares. Foi uma grande mentira, uma farsa que se montou", explica George Câmara.

Ex-prefeito de Natal, Djalma Maranhão foi deposto em 1964 pelo regime militar (Foto: Roberto Monte/www.dhnet.org.br)Djalma Maranhão com o ex-presidente Café Filho
(Foto: Roberto Monte/www.dhnet.org.br)

O projeto também foi elaborado em data simbólica, 13 de dezembro do ano passado, data que marcou os 45 anos da instituição do AI-5, como ficou conhecido o ato institucional do governo Costa e Silva que endureceu o regime militar no Brasil.

O texto da lei considera as cassações aprovadas em 1964, ano em que ocorreu o Golpe Militar no Brasil, como "atos antidemocráticos e injustos". De acordo com a lei, como forma de corrigir a "injustiça histórica", os nomes dos dois serão inscritos nos anais da Câmara Municipal e da prefeitura como "dignos representantes dos cidadãos natalenses".

Além disso, a Casa Legislativa fará a entrega “in memoriam” dos diplomas a Djalma Maranhão e Luís Gonzaga, "devolvendo de forma simbólica seus mandatos, eleitos de forma democrática pelo voto do povo", diz o texto da lei. No Palácio Felipe Camarão, onde funciona a Prefeitura de Natal, será fixada ainda uma placa de metal com os nomes do ex-prefeito e vice-prefeito.

De Pé no Chão, Também se Aprende a Ler

Professor de Educação Física e jornalista, Djalma Maranhão militou no Partido Comunista até a década de 1940 e também integrou o Partido Trabalhista Nacional (PTN) e o Partido Socialista Brasileiro (PSB). Foi eleito deputado estadual e depois chegou ao cargo de prefeito de Natal em duas ocasiões. Uma delas nomeado pelo então governador Dinarte Mariz e em 1960 por eleição.

Ex-prefeito de Natal, Djalma Maranhão foi deposto em 1964 pelo regime militar (Foto: Roberto Monte/www.dhnet.org.br)Djalma ficou conhecido pelo projeto 'De Pé no
Chão Também se Aprende a Ler
(Foto: Roberto Monte/www.dhnet.org.br)

O governo de Djalma ficou conhecido pela campanha "De Pé no Chão, Também se Aprende a Ler", política educacional para alfabetizar crianças em Natal. Equipes de professores visitavam os bairros de periferia para realizar o trabalho.

Em 1964, com o golpe que colocou os militares no poder, o prefeito foi cassado e preso. Djalma Maranhão ficou custodiado em Natal, e posteriormente em Fernando de Noronha e Recife. No mesmo ano, o professor e jornalista pediu exílio político e foi morar em Montevidéu, no Uruguai, onde faleceu em 1971 por insuficiência cardíaca
FONTE - G1 RN

Prefeito e vice de Ipanguaçu são cassados e município terá novas eleições

 



COM O AFASTAMENTO DE VALDEREDO, ASSUME A PREFEITURA JEFFERSON SANTOS, PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL DE IPANGUAÇU

 

O Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do Norte (TER/RN) manteve nesta quarta-feira (9/01/22) a cassação do prefeito de Ipanguaçu, Valderedo Bertoldo (PL) e sua vice Mara Carmelita (PSB). O colegiado decidiu, ainda, pelo afastamento imediato do chefe do Executivo municipal e realização de novas eleições no município. A decisão foi por unanimidade dos votos.
 
Pesa contra o prefeito a denúncia de compra de votos e abuso de poder nas eleições de 2020. Além de ter o diploma cassado, Vaderedo Bertoldo também ficará inelegível pelo período de oito anos. Ele pagará, ainda, multa de 25 mil UFIR’S.

O processo teve como relator o desembargador Expedito Ferreira. A nova eleição deve ser definida nos próximos dias pela Justiça eleitoral. Com o afastamento de Valderedo, assume a prefeitura Jefferson Santos, presidente da Câmara Municipal de Ipanguaçu.

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